Parece ser inevitável tentar viver
eternamente. A ciência busca incansavelmente uma resposta plausível para o
mistério da vida. Enquanto essa solução não chega pelos meios científicos,
lutamos tentando prolongar cada vez mais nossa existência. A partir dessa
obsessão, de se viver mais, buscamos as mais insanas das possibilidades, desde os aconselhamentos médicos, métodos religiosos, alimentos, dietas, sacrifícios, exercícios
físicos e etc...
Por um lado, essa teimosia, conseguiu nos dá
alguns dias a mais de vida. Isso é verdade, uma vez que a expectativa de vida
aumentou tanto para os homens como para as mulheres. Mas é certo que vamos
morrer.
Viver condenado a essa máxima, de que a morte
é certa, é inevitável, não é algo fácil de conviver ou aceitar! Principalmente para
uma raça tão egoísta, autossuficiente e vaidosa como a RAÇA HUMANA. Estamos fadados
a esse destino, e como tal, todas as tentativas só nos frustram.
Essa peregrinação leva a caminhos simples,
complexos e perigosos. Viver sem desaponto é impossível. Estamos à mercê do
destino e das diversidades da vida. Uma hora podemos está apreciando o mar, em
outro momento, agonizando e em uma cama de hospital. Assim é a vida!
Se por um lado, buscar viver mais é uma teimosia,
morrer não tem graça nenhuma! Imagine você ter uma relação de atividade programada
para semana que vem e de repente ser retirado de forma brusca da vida, sem despedida! Pensar nessa
possibilidade é simplesmente sentir-se louco, é viajar na intrigante premissa
de que viver não faz sentido, de que viver é uma “roleta russa”. É, pode ser! É
preciso ser livre, desprendido das coisas materiais para quem sabe pelo menos
pensar, ou aceitar essa ironia.
Como eu costumo dizer, a vida é bela mais não
é justa!
Quem em entre nós, não passou pelas matizes
da angústia, o rubor e a palidez da compaixão, a necessidade brusca do
isolamento e a reflexão íntima desse momento? Em muitos casos, o encanto
acompanha o asco, quando, por um capricho da natureza humana somos obrigados a
participar desse tenebroso dilema.
Acredito que é justamente o perigo a vida, a
possibilidade da morte que eleva e enobrece a espécie humana e sua maneira de
viver. Ou pelo menos deveria.
Não podemos negar a existência de muitos mortos
andando por aí e vivos que ainda não aprenderam a viver. E como é triste saber e
ver muitos desperdiçando cada minuto com a eloquente ânsia de viver além do limite,
digo, do limite de tempo aqui concebido, seja como dádiva, destino ou milagre.
Está vivo é um acidente biológico, morrer é
uma certeza necessária. Então não viva buscando nãos para seu dia, não viva
agredindo os seus desejos, nem se renda aos seus medos, busque uma velhice
calma, regada de soluções muita mais do que de problemas, acalme sua índole, abrace o
instante e se entregue a vida, fuja das armadilhas dos incompreensíveis.
Acredite, seu tempo é único e pode acabar a qualquer instante, pois tudo acaba! E nada vai mudar na vidas da outras pessoas por causa disso, nada!
A sua caixa de e-mail ficará lá esquecida, seu livro não chegará ao fim, sua promessa não será paga, e você, bem, chegou ao seu lamentável destino, o fim.
Acredite, seu tempo é único e pode acabar a qualquer instante, pois tudo acaba! E nada vai mudar na vidas da outras pessoas por causa disso, nada!
A sua caixa de e-mail ficará lá esquecida, seu livro não chegará ao fim, sua promessa não será paga, e você, bem, chegou ao seu lamentável destino, o fim.
Agora, você será apenas uma saudade na
memória daqueles que continuam a jornada, mas a você o que restou? Só uma
certeza.
Léo Brasil 27 out 2012.